segunda-feira, 12 de abril de 2010

Eu, Vinil e o Resto do mundo: Documentário acompanha a trajetória de jovens DJs




Nesta semana, o circuito Rio-São Paulo voltam seus olhos para o maior festival de documentário brasileiro: É tudo Verdade. Centenas de longas e curtas tomam as salas de cinema monstrando apenas filmes que descrevem a realidade para o público.

Entre as opções, entra em cartaz no Festival o filme "Eu, o Vinil e o resto do Mundo". O doc acompanha a trajetória de jovens DJs, moradores da periferia de São Paulo, que participam do maior campeonato de DJs da América Latina, o Hip Hop DJ. São jovens de todos os cantos da cidade que mergulharam no sonho da música e através dela buscam construir suas vidas e suas carreiras.

"Eu, o Vinil e o resto do mundo" será exibido nos dias 11 e 12 de abril, no Rio e dias 14 e 15, em São Paulo. A direção do longa ficou por conta de Karina Ades e Lila Rodrigues.



EU, O VINIL E O RESTO DO MUNDO
As diretoras acompanharam 11 DJs na cidade de São Paulo que participam de um campeonato de Djs e que lutam para um dia conseguirem sobreviver fazendo musica. “Fui tocada pela experiência de vida desses meninos e a crença que vi neles em acreditar em um futuro melhor apesar das dificuldades”, conta Lila Rodrigues.

É inusitado ver um filme com esta temática ser dirigido por mulheres, e esse é um dos atrativos do filme. O olhar de uma mulher sobre uma realidade totalmente masculina reflete na tela um filme humano, delicado, onde fica exposto muito mais do que o saber tocar musica. “É um filme que fala sobre esperança. Mostra o lado bom de uma realidade que normalmente é vista sob olhos do medo e preconceito”, completa Lila.

No documentário os rapazes se entregaram totalmente, revelando um pouco de suas vidas para o olhar dessas duas mulheres, num ato de mutua confiança. “Comecei a minha carreira na direção de videoclipes e isso me aproximou muito do universo da musica, essa experiência na direção de videoclipes me fez unir musica e imagem e me apaixonei por isso, essa foi a razão da busca por um assunto onde eu pudesse explorar esse casamento.

Aprendi muito sobre a vida com eles e muito sobre este universo. Foi uma experiência muito gratificante”, conta Karina Ades.

A linha condutora do filme é o campeonato onde esses 11 DJs são finalistas. A medida que o filme se desenrola, conhece-se mais profundamente esses jovens e entende-se mais seu universo.

A competição, embora presente durante todo o filme, torna-se coadjuvante enquanto outras questões vão surgindo. Essas questões passam pela influência musical que cada um deles teve até onde cada um quer chegar na vida. A trajetória que os levou a estar neste campeonato e a necessidade de se ter outra profissão em paralelo a de ser DJ. As expectativas em relação ao futuro próximo, as dificuldades e acima de tudo a paixão pela musica e o desejo de um dia poderem sobreviver sendo DJs profissionais.

É a primeira obra de longa-metragem de ambas diretoras, que possuem uma carreira vinda da publicidade, onde atuam como diretoras de cena. “Fico sonhando em poder ajudar esses meninos de alguma maneira com o filme”, comenta Lila. “Eles são muito talentosos e pessoas incríveis”, completa Karina.

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